Swiss Orienteering Week 2014 Zermatt - O diário de "Um português nas alturas" Parte II

Em continuação da parte I do diário da minha aventura na Suiça: 

A minha colecção de Selfies

Etapa 4 - 24 Julho - Grünsee Dist.Média (2300m de altitude)
  

Vista da Arena (Foto: Manuel Dias)

Penúltimo ponto (desmotivação óbvia) (foto: Alphafoto.com)

  Acordei às 6 da manhã. Só por aí comecei a perceber que algo poderia correr mal neste dia. Saí de casa, chuva. Saí do comboio, chuva. Mas surpreendentemente quando cheguei à arena estava bom tempo, sol e não havia chuva nem nevoeiro (por isso hoje não os poderia culpar). Ora bem, o que se passou foi que aqui o campeãozinho entrou no mapa com a confiança em alta e a querer dar nas vistas, e até ao ponto 4 conseguiu ser rápido o suficiente (apesar de estar a sentir a falta de oxigénio por causa da altitude). Acontece que do 4 para o 5 demorei uns fantásticos 16 min. Num ponto extremamente fácil e que eu nem sei como consegui complicar. Apartir daí e sabendo que já não tinha qualquer hipótese de bom resultado, foi gerindo o esforço para chegar ao final da prova sem lesões. Foi a primeira vez que tivemos floresta propriamente dita (e mal cheguei fui atacado por mosquitos, que já tem sido um hábito nas provas em Portugal). O terrreno era constituido por pedras, muito, mas mesmo muito escorregadias e por diversos momentos fui com os joelhos ao chão. Resumindo: Pior dia no #SOW2014, ficando classificado em 43º num total de atletas que concluiram a prova de 94. No entanto continuava cheio de vontade de no dia seguinte lutar para conseguir um bom resultado, agora que as expectativas estavam em alta. Mas acima de tudo queria continuar a divertir-me e a desfrutar deste sitio simplesmente maravilhoso.

 

Erro totalmente desnecessário e de principiante

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Etapa 5 (trocada com a etapa 3) - 25 Julho - Trockener Steg Dist.Longa (2939m de altitude)

(Foto: Alphafoto.com)

  Bem, esta etapa supostamente era para ser a 3ª, mas foi trocada para a 5ª etapa por questões de ordem meteorológica! E ainda bem, porque o dia estava mesmo óptimo! Grande parte do terreno estava coberto com neve, apesar da temperatura e o sol estarem amenos! Era uma total novidade para mim, será que iria conseguir correr pela neve? Será que ia escorregar? Bem, foi mesmo um desafio diferente, mas consegui correr pela neve como se de areia se tratasse, apesar do meu ritmo não se comparar ao dos restantes atletas. Eu ia cheio de medo de escorregar na neve ou de bater em alguma pedra ou enterrar-me! Não foi uma prova que eu diga que me tenha corrido bem, isto por dois motivos: A) o terreno era díficil de entender aqui para o Tuga que nunca tinha andado na neve de mapa na mão e foi a primeira vez que corri em cima de neve e B) não percebi a cartografia do ponto 9, que era um ponto facílimo mas eu achava que o sitio onde estava não podia corresponder à realidade. Bem, mas foi mais uma experiência de topo, correr na neve é mesmo muito bom e sentir os pés fresquinhos da neve também foi uma novidade! Em resumo nesta etapa fiz a 28ª posição num total de 112 atletas que completaram a prova. Este dia também teve a particularidade de eu ter aproveitado para fazer um trail run livre desde a montanha de Schwarzee até à cidade de Zermatt sozinho por trilhos simplesmente magníficos!

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Etapa 5

 

Etapa 6 - 26 Julho - Sunnegga Dist.Longa (2288m de altitude)

Intenso nevoeiro na zona das partidas

  E pronto, chegou Sábado e com ele chegou também a 6ª e última etapa desta semana em grande. Condições meteorológicas muito más aliadas à hora de partida demasiado cedo 08h08 tornavam esta etapa algo “tenebrosa”. Deixem ver se consigo resumir as condições meteorológicas que eu tive naquele dia: Frio √, Chuva √, Nevoeiro intenso √, ok era isto que se passava ali. No entanto chegaram as 08h08 da manhã e todos os meus receios se dissiparam, eu arranquei para a etapa com vontade de comer o maior número de terra e ervas e pedras possíveis e imaginárias. Apesar de que esta etapa parecia mais uma prova de Trail do que uma prova de orientação, pelo menos para o meu escalão! Não tive nenhum erro em nenhum ponto e tentei ir sempre a dar o máximo fisicamente, mas é claro que ao fim de quase 8 dias a castigar o corpo com competições e treinos, as subidas pareciam intermináveis! Então aquela pernada do 12 para o 13 eu parecia o Spider-Man Português, a subir escarpa acima! 65m subidos em 6minutos, já não aguentava mais. No fim da etapa ainda tive direito a um presente especial por ter terminado todas as 6 etapas da Swiss Orienteering Week, um canivete suiço! Nesta etapa obti a 16ª posição (a segunda melhor deste SOW) em 102 atletas que conseguiram completar a etapa.

Etapa 6 com direito a visita ao pico Rothorn

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  Em balanço desta semana espectacular de orientação, consegui um 18º posto em 125 atletas a competirem no meu escalão. Se me perguntarem se foi positivo? Sim foi. Diverti-me imenso, as paisagens, os terrenos, os mapas, o ambiente, tudo era do melhor! Tive orgulho em levar a bandeira do meu pais em todas as etapas às costas, tive orgulho em ser português, apesar de todos estes constangimentos que todos sentimos agora. 

  Só tive pena da prova não se chamar Swiss Orienteering Two Weeks, porque eu ficava lá mais uma semana e faria outras 6 etapas!

Swiss Orienteering Week 2014 Zermatt - O diário de "Um português nas alturas" Parte I

Panorama do Event Center (foto da minha autoria)

 

De 16 a 28 de Julho rumei até à Suiça para participar num grande evento orientista internacional, a Swiss Orienteering Week ( Swiss O Week 2014 Zermatt ). E que evento de topo que foi. Era um evento constituido por 6 etapas, sendo que só uma delas era um sprint urbano e as restantes eram  quatro distâncias longas e uma distância média em zona de montanha em altitudes compreendidas entre os 2000m e os 3500m, que por sí só já me dificultava muito a minha gestão psicológica e física. Competi no escalão HB, que apesar de ser inferior ao que eu compito em Portugal, o receio de não conseguir ajustar o meu organismo às altas altitudes fizeram com que me inscrevesse neste escalão. Mas acreditem que me diverti imenso e os adversários eram à altura. No entanto tive o azar de me lesionar a 2 semanas da minha ida para a Suiça com uma fascite plantar (inflamação no musculo da planta dos dois pés) o que me condicionou o treino pré-competição e a competição propriamente dita, já que tinha dores bastante acentuadas cada vez que caminhava.

Mas ainda agora cheguei a Portugal e já quero voltar outra vez aos terrenos fantásticos daquela zona montanhosa de Matterhorn em Zermatt.

Nostalgia à parte, este foi mais ou menos o diário que eu escrevia no final de cada etapa que competi, cada etapa estará ilustrada não só com o meu mapa+tracking mas também com a compilação das fotos mais importantes do dia: 

Etapa 1 - 20 Julho - Sprint Urbano Zermatt (1620m de altitude)

1ª etapa do #sow2014 ! Sprint de Zermatt concluido! Fisicamente sentia-me bem, mas muitas "armadilhas" técnicas espectaculares que me fizeram perder algum (muito) tempo! Ia nervoso e perdi tempo logo no 1º ponto! A chuva não ajudou, mas diverti-me bastante! 20º lugar em 113 atletas no escalão HB! Amanhã é que iria ser montanha a sério!

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Etapa 1

Etapa 2 - 21 Julho - Stafelalp/Schwarzee Dist.Longa (2583m de altitude)

Schwarzee com céu limpo (não tenho fotos do dia da prova)

  Dia de chuva, frio e muito, mas mesmo muito nevoeiro! Mas surpreendentemente não posso dizer que me correu muito mal. Tanto fisicamente como técnicamente senti-me seguro e a altitude nem me afetou tanto como seria de esperar. Perdi tempo desnecessário em 2 pontos, (no 7 e no 16). E foi este último que me custou a prova quase toda, com um erro brutal que me adicionou 5 minutos ao tempo final. Continuo a tratar da minha lesão da melhor forma que consigo (brufen + gelo + Reumon gel), mas a fascite plantar ainda não me largou. Contas feitas: 55m05seg, 5.5km e 214m de desnível acumulado. 30º Posição em 92 atletas no escalão HB. Mas resumindo este dia numa palavra: espectacular.

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Etapa 3 (trocada com a etapa 5 por condições meteorológicas adversas) - 22 Julho - Gornergrat/Riffelberg Dist.Longa (2815m de altitude)

Riffelberg, acima do céu

Este foi "O" dia. A única publicação que fiz quando desci da montanha foi: "Flying Portuguese today! 14th place in 106 athlets in my class!". De uma forma geral este dia foi aquele dia em que me fez acreditar que a altitude não podia, nem devia ser um handicap para mim e que eu era capaz de fazer uma boa classificação nas restantes etapas! Chamavam-lhe o "The Heavenly Day", e se foi.. Parecia que estava acima do céu! Apesar da altitude, senti-me bem fisicamente, mas foi necessária alguma gestão física para chegar ao final da etapa inteiro. Do ponto 2 para o ponto 3, perto de 140m de desnível que fiz quase tudo a passo mas com batimento cardíaco de como se fosse a correr! Mas de resto não cometi erros em termos de orientação e tentei jogar sempre pelo seguro. Foi o dia em que me senti mesmo rápido naquele tipo de terreno (descidas em downhill espectaculares a "alta" velocidade e com extremo cuidado com as lesões), algum frio, nevoeiro e chuva outra vez e terreno muito escorregadio e cheio de lama. Por um lado continuava lesionado e condicionado pelas dores que a inflamação do tendão fasciar dos meus pés me proporcionava, mas por outro continuava sem palavras para descrever o quanto espetacular eram aquelas montanhas e aqueles terrenos (apesar de totalmente diferentes de Portugal). Resumindo, 14º posto em 106 atletas que terminaram o meu escalão, e a minha melhor posição conquistada nesta competição!

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23 de Julho foi reservado ao dia de descanso,
Eu fiz jus à denominação do dia.

(Parte I terminada, postarei a parte II desta aventura logo a seguir)

 Em Zmutt, num dos passeios pelos trilhos

[ Não se esqueçam também de ler a minha entrevista dada ao Orientovar acerca da minha prestação nesta prova em: http://www.orientovar.blogspot.pt/2014/07/sow-2014-joao-moura-um-portugues-nas.html ]

Tempo de Balanço

Atualização rápida ao que se tem passado nos últimos meses:

Em 2013...

-Terminou a época 2013 e consegui um óptimo 7º lugar no ranking da geral em H21A no total de 68 atletas;

-A época de 2013 foi aquela onde consegui participar no maior número de etapas da Taça de Portugal, 32 num total de 38;

-2013 ficou marcado pelo ano em que me estreei como Diretor de Prova de uma Taça de Portugal n2, com a organização do Troféu Senhora do Castelo em Mangualde. Deu trabalho, mas valeu a pena e foi um evento de grande nível onde tive a oportunidade de trabalhar com uma equipa organizativa fantástica e incansável;

-Em 2013 também me estreei com a minha primeira internacionalização, competi no Campeonato Ibérico em Espanha, nos arredores de Madrid.

-Fiquei a uma distância de alguns segundos do apuramento para a final do Campeonato Nacional Absoluto, ainda não foi desta que consegui o apuramento;

-Em 2013 também encontrei uma famíilia desportiva nova! O grupo Correr Viseu, a quem me tenho juntado para os treinos em estrada! Este grupo, à semelhança do fenómeno que está a acontecer um pouco pelo país, é um grupo de pessoas que se juntou via Facebook e que foi unido pela paixão comum pela corrida. Agora passo a treinar regularmente acompanhado e tenho a dizer que custa bem menos do que treinar sozinho! É uma experiência bem engraçada, já que inicialmente ninguém se conhecia de lado nenhum e eramos bem poucos, sendo que atualmente já temos corridas em que contam com a participação de 25/30 atletas. 

-O final de 2013 também ficou marcado pela lesão no joelho esquerdo, fiquei 2 semanas sem poder correr e cheio de dores! Fui a um ortopedista e ele diagnosticou-me uma inflamação no tendão. Ainda continuo com algumas dores no joelho, mesmo depois de quase 2 meses.

Agora falando de 2014,

-Cheguei ás 1.500 visualizações desde a abertura do meu Blog! Obrigado aos 16 visitantes que cá vieram parar e leram efetivamente o que eu escrevo. Aos restantes 1.484 visitantes que cá vêm parar por engano, peço desculpa :D 

- Agora coisas sérias, para 2014 tenho como objetivo melhorar a minha classificação em H21A, conseguir apuramento para a final do Campeonato Nacional Absoluto, arranjar um Treinador que me ajude na minha evolução como atleta de Orientação, treinar ainda mais com mapa e acima de tudo continuar a ter o prazer que tenho em competir em provas de Orientação.

I Meeting de Ori-Noturna - Sintra

Foto: CPOC

      Já lá vai algum tempo desde que escrevo no meu blog, não tenho tido paciência e não gosto de fazer coisas só por obrigação. Entretanto participei nos campeonatos nacionais e o meu clube organizou uma prova de Circuito Urbano na cidade de Viseu e uma prova-local no Parque do Fontelo, isto a juntar a todas as outras organizações de provas para os Jogos Desportivos dos diversos concelhos que nos têm ocupado quase todos os fins de semana destes últimos meses. 

Para esta prova de dia 20 de Julho em Sintra, já tinha planeado inscrever-me há muito tempo por causa da existência de uma etapa noturna. Apesar de ser distante de Viseu e de ter regressado de Salamanca nessa madrugada e mal tendo dormido, vale sempre a pena visitar um dos locais mais misticos e emblemáticos do nosso país, e poder aliar isso à prática de orientação torna-se bastante apelativo.

A prova era constituida por 2 etapas, uma distância média em Colares durante a tarde e uma distância sprint em Sintra à noite. 

A distância média da tarde em Colares-Sarrazola era num mapa desconhecido para mim, tinha algumas coisas interessantes, apesar de ter muitos caminhos e zonas privadas. Perdi tempo no 4 e no 9, que eram fáceis técnicamente mas acho que ia confiante demais e consequentemente depressa demais para a minha ainda limitada técnica de leitura de mapa. E este tem sido o meu maior problema nas últimas provas, a minha técnica de leitura de mapa não é acompanhada pela minha atual condição fisica.

Sarrazola Colares H21A (Mapa: Miguel Nóbrega )

    22h30, fui o ultimo atleta a partir para a etapa da noite e ainda bem, tinha comido que nem um animal ao jantar e ainda tinha um BigTasty ás voltas no estomago! A prova começava à entrada de um parque e tinha uma primeira parte no interior deste parque e a segunda parte nas ruas da vila de Sintra. A primeira parte era muito complexa e requeria uma constante ligação ao mapa, o que me dificultava a vida porque cada vez que ficava muito tempo a olhar para o mapa os meus olhos doiam por causa do reflexo da luz do frontal no plástico do mapa. De referir que o parque tinha esculturas de animais gigantes e quando vi um pato gigante pela primeira vez atrás de uns arbustos ia tendo um pequeno ataque cardíaco. A segunda parte era muito rápida, mas ainda assim requeria alguma ligação ao mapa. Achei engraçado a "distribuição" da prova nestas em duas partes, uma mais técnica e uma mais rápida. Correu-me bem, mas ainda conseguiria ganhar uns 30/40/60 segundos talvez, porque houve alturas de hesitação e inclusivamente do 9 para o 10 entrei numa rua sem saída e perdi aí algum tempo. 

Sprint Sintra H21A (Mapa: Miguel Nóbrega)

Conclusão: 6º Lugar no somatório das duas etapas, em 16 atletas no escalão H21A.

Agora vem a interrupção de Agosto em termos de provas competitivas de orientação, no entanto vou aproveitar para participar em provas de estrada e continuar a treinar para enfrentar a 2ª metade da época.

Luso Trail 10k

No dia 28 de Abril orgulho-me de dizer que participei na minha primeira prova de Trail! Já me tinha inscrito uns meses antes na prova, que me parecia ser bastante atrativa e não era muito longe. Inscrevi-me principalmente porque existia a opção de 10km, e normalmente nunca existe essa opção nas provas de trail que costumo ver. Tinha alguma dúvidas quanto à minha prestação na corrida porque estava com algum medo do desnível acumulado (+471 segundo o gps) e comecei a corrida com alguma contenção, o que me fez ficar quase na cauda do pelotão. No entanto conforme iam chegando as subidas eu ia passando alguns atletas e sentia-me fantástico por conseguir aguentar o desnível! Ainda me enganei no caminho umas 2 vezes porque não reparei bem nas fitas que estavam penduradas. Mas no geral correu tudo bem e gostei bastante desta primeira experiência no Trail que espero repetir brevemente porque é uma óptima alternativa à orientação e ás corridas de estrada! Mas é claro que no Trail não há grande uso da cabeça, é só correr para a frente e seguir as fitas. Em conclusão fiz 11,44km com +471 desnível acumulado em 1h21min, e para minha surpresa consegui um fantástico 11º lugar em 89 atletas participantes! 

Palácio do Bussaco

Meu percurso Luso Trail 10km

Campeonato Ibérico de Orientação 2013 Gouveia

No dia 13 e 14 de Abril realizou-se em Gouveia a etapa portuguesa do Campeonato Ibérico de Orientação 2013 num fim de semana que se avizinhou repleto de sol e calor, contráriamente ao tempo que se tinha sentido no decorrer da semana. Infelizmente, por ter tido uma aula obrigatória no sábado de manhã, não pude participar na etapa de distância média de sábado mas no entanto consegui fazer o máximo esforço para comparecer a horas de realizar o sprint.

-Sprint Urbano Gouveia

Sprint Gouveia

Foi um sprint que teve direito a área de quarentena (no recinto de uma escola), onde eu estive mais de 1 hora à espera para partir. Gostei do traçado, o mapa não teria grande interesse à partida, mas conseguiu ser potenciado pelos traçadores com a zona inicial e final técnica onde era necessário uma atenção redobrada ao mapa.

Fui 15º em 28 atletas com um tempo de 17:55 a uma diferença de perto de 4minutos para o vencedor.

Sprint Gouveia H21A

-2ºEtapa Distância Longa Vale do Rossim

No 2º dia de prova, fui pela primeira vez até ao Vale do Rossim (Serra da Estrela) para a distância longa e mal sabia o que me esperava. O sol do dia anterior mantinha-se e o ar estava quente. Errei logo no 1º ponto, não sei bem o que fiz e fui parar a um cruzamento do lado oposto onde era suposto estar. Era um mapa e um terreno mesmo muito exigente tecnicamente onde a unica coisa que fiz durante a prova inteira foi m#@%&. No ponto 4 já ia com 1h30 de prova e cheguei à conclusão que já não ia conseguir fazer nada de jeito, então adoptei uma mentalidade de "passeio" e fui fazendo os outros pontos calmamente, apesar de estar no meu limite físico. À partida não me parecia ser tão difícil mas como comecei muito cedo a desmotivar, já sabia que ia ser muito difícil concluir esta etapa. No entanto, e como é normal em mim, não quis desistir e voltar para a chegada, se estava ali ia tentar tornar a prova o mais agradável possível. Foi um bom treino ao meu limite psicológico e achei o percurso muito longo e difícil para mim apesar do terreno e o mapa serem muito bons! Em conclusão, demorei 3h04 a concluir o percurso, fiquei em último do escalão e não tenho bem a certeza quantos km's andei porque o gps ficou sem bateria sensivelmente a meio da prova e no final terminei com aquela sensação de "não percebo nada de orientação".

Vale do Rossim H21A

 

XV Troféu Amigos da Montanha - Barcelos TP2

Foto por: Nuno Rebelo

No passado dia 9 de Março fui até ao norte do país para mais um fim-de-semana de orientação. Barcelos foi o local escolhido para o XV Troféu Amigos da Montanha a contar para a Taça de Portugal nível 2, esta prova contava com duas etapas, a 1ª etapa (Sábado de manhã) era uma distância média no Monte da Franqueira e a 2ª etapa (Sábado à tarde) era uma prova de sprint urbano na cidade de Barcelos. O Clube de Orientação de Viseu - Natura participou com 5 atletas nesta prova. No Domingo estava marcado um treino para o Monte do Facho com a organização conjunta dos Amigos da Montanha e do COC, que dada a próximidade geográfica eu aproveitei para participar também.

-Etapa 1 Monte da Franqueira

Monte da Fanqueira H21A (Tracking: João Moura)

Foi uma manhã com alguma chuva e vento mas durante a minha prova nem choveu quase nada à exceção de uns 2/3 minutos antes de partir. Quando peguei no mapa fiquei surpreendido pelo seu pequeno tamanho, apesar de já saber que a distância era pequena e o desnível era grande. Sou capaz de dividir a prova em "Antes do ponto 10" e "Depois do ponto 10":

"Antes do ponto 10": ia a correr bem, sem grandes erros (ponto 2 e 9) e que não perdi muito tempo na navegação nesta primeira parte, fui quase sempre a ritmo de corrida médio e ainda tive tempo de ajudar uma menina (D10 ou D12) a orientar-se logo a seguir ao meu ponto 1. Onde perdi mais tempo foi no ponto 2 e no ponto 9, onde acho que escolhi mal o itinerário ao vir até ao caminho.

"Depois do ponto 10": Do ponto 10 ao ponto 11 não interpretei bem o mapa e pensei que o ponto 11 estivesse da parte de fora do muro, e perdi imenso tempo nesta pernada ao vir por fora do muro e ter que encontrar uma abertura no muro para o conseguir transpor. Também perdi algum tempo na zona das escadas do 12 para o 13 porque fisicamente já não conseguia subir aquela escadaria toda a correr e tive que subir a passo.

Fiz o 8ºlugar em 16 atletas no meu escalão H21A com o tempo de 32:18, mais 8 minutos que o vencedor.

-Etapa 2 Sprint Urbano cidade de Barcelos

Cidade de Barcelos H21A (Tracking: João Moura)

Foi um sprint na verdadeira essencia da palavra e eu tentei corresponder e dar o meu máximo. Cometi um erro de leitura do mapa do 2 para o 3, já que não vi que dava para ir pelos tuneis que cortavam os edificios. E no ponto 9 também podia ter saido pelo lado Este já que existia um portão aberto (que só reparei no final quando estava a analisar as minhas opções). 

Correu bem mas ainda assim o 1º classificado fez menos 4 minutos que eu e só consegui alcançar o 8º lugar (18.24 minutos) uma vez mais. 

-Treino Domingo no Monte do Facho, Galegos St. Maria

Treino Monte do Facho Médio (Tracking: João Moura)

Este mapa trazia-me boas memórias, já que consegui um 1º lugar no ano passado em H21B no Troféu Joaquim Sousa (TP2). Foi um treino que contou com a presença de alguns atletas de vários clubes e eu optei por fazer o percurso Médio, onde limite estipulado para completar o treino era 1h30. No início eu pensava que 1h30 era "suficiente", mas o percurso e o terreno eram de alguma dificuldade e só consegui completar 26 dos 36 pontos que constituiam o percurso. Por ser um treino, optei por arriscar sempre que possível para tentar forçar os erros e depois analisa-los. Correu tudo "normal" até ao ponto 7, onde perdi algum tempo a tentar relocalizar-me numa pernada que à priori era fácil. Quando cheguei ao ponto 9 as condições meteorológicas degradaram-se severamente e começou a cair granizo (com diametro algo considerável!) diretamente na minha cabeça e gelou-me o corpo todo (tal como o sr. Joaquim Sousa relata no video do seu treino). Logo a seguir a este episódio no loop 5/10/15 cometi um erro que podia ter evitado se tivesse com mais atenção ao mapa: em vez de fazer o 10-11 ia a fazer do 10-15, não reparei que o estava a sair para o braço errado do loop e só reparei quando já ia a meio da pernada para o ponto 15. Logo a seguir no 13 e 14 também cometi erros, não conseguia encontrar o 13 e pensava que o 14 estava mais a Sul. O terreno era bastante fisico e no final já acusava algum cansaço e terminei no 26 com o tempo de 1h25 aproximadamente.

Aproveito também para felicitar as nossas atletas Susana Almeida e Hermínia Tavares por terem obtido o 1º lugar nesta prova em D21B e D60 respetivamente. Foi o regresso do meu clube aos pódios e que mostra que o nosso setor feminino está a evoluir favorávelmente.

Foi mais um fim de semana onde chego à conclusão que ainda tenho uma grande margem para melhorar. A próxima prova da Taça é o Gafanhori O'Meeting em Arraiolos (22 e 23 Março) mas com muita pena minha não vou participar por questões de gestão monetária. Daí que a próxima prova onde conto participar será o Troféu de Orientação da Cabreira TP1 no fim de semana 6 e 7 de Abril. Vão ser dois fins de semana sem orientação onde eu vou aproveitar para treinar e organizar um treino conjunto para o meu Clube.

João, Susana, Miguel